terça-feira, 2 de novembro de 2010

Carta aos Catequista pelo mês das missões

“Dou graças a meu Deus todas as vezes que me lembro de vós. Sempre, em todas as minhas orações, rezo por vós com alegria, por causa da vossa comunhão conosco na divulgação do evangelho, desde o primeiro dia até agora”. (FL. 1,3-5).

Inspirada pela carta amorosa e transbordante de ternura que Paulo dirige ao povo de Filipos, pensei em cada um de vocês, catequistas, ao refletir essa leitura durante a Celebração Eucarística que nós, assessores, participamos todos os dias, aqui na CNBB.
Nesse mês missionário, somos convocados a REFLETIR a nossa vocação de discípulo missionário, conforme nos aponta o Documento de Aparecida. Muito mais que refletir, somos convidados a nos RE-ENCANTAR, isto é, criar espaço para as moções do Espírito, entrar nesse movimento dinâmico e inovador, deixar-se CONDUZIR para que o encantamento inicial, a admiração, tome conta do nosso SER CATEQUISTA. Que tal voltar às fontes e fazer memória desse CHAMADO, desse ENCONTRO que marcou definitivamente a sua existência como catequista?

“Tenho certeza de que aquele que começou em vós uma boa obra há de levá-la à perfeição até o dia de Cristo Jesus.” Fl 1, 6

Aquele que é razão desse encantamento, Jesus Cristo, que um dia nos chamou pelo nome lá onde nos encontrávamos, no cotidiano das nossas vidas, é fiel, continua presente de uma forma discreta e sutil, é o Deus da caminhada, da travessia, que pedagogicamente vai se revelando, é o Deus de Jesus Cristo. Revela-se do seu jeito não do nosso, por isso é sempre surpreendente e inusitado.
Como catequista, quais os SINAIS de Deus, da sua ação amorosa, que lhe confirmam na MISSÃO?

“É justo que eu pense assim a respeito de vós todos, pois a todos trago no coração,porque, tanto na minha prisão como na defesa e confirmação do evangelho, participais na graça que me foi dada”.FL 1, 7

A filiação divina nos faz participantes da mesma GRAÇA, somos filhos e filhas do mesmo Pai, irmãos de Jesus Cristo, irmanados pelos laços do Espírito possibilitamos que a TRINDADE SANTA faça morada em nosso corpo, em nossa existência e na fragilidade das nossas limitações, expressamos a totalidade do amor de Deus. Comungamos da mesma GRAÇA, que nos possibilita realizar a missão com leveza e gratuidade, descobrindo em cada desafio, que o Senhor nos capacita com seus dons. Na sua missão como Catequista, você se sente agraciado, amado e capacitado por Deus?

“Deus é testemunha de que tenho saudade de todos vós com a ternura de Cristo Jesus. E isto eu peço a Deus: que o vosso amor cresça sempre mais, em todo o conhecimento e experiência, para discernirdes o que é melhor”. FL 1, 8-10.


A relação que Paulo estabelece com as comunidades é extremamente afetiva e terna, sente saudade, porque criou laços...Preocupa-se, porque sabe das dificuldades e das limitações humanas, por isso, exorta-os para que o amor cresça, supere as diferenças e seja determinante nas escolhas.

Aprendemos de Paulo, que a vocação é expressão do amor de Deus e que o seguimento a Jesus Cristo concretiza-se nas relações que somos capazes de estabelecer com os outros. Será que a nossa catequese é capaz de possibilitar momentos de interação, de partilha, onde se acolhe e respeita o SER do/a catequizando/a na sua totalidade? Qual a nossa postura como catequistas, diante de uma sociedade discriminatória e excludente?

Querido/as catequistas, agradecemos pelos catequistas discípulos missionários, DOM-GRAÇA, derramada sobre as nossas comunidades como expressão da fidelidade Daquele que vos chamou.

Pela Comissão, Ir. Zélia Maria Batista, CF.

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