sábado, 19 de maio de 2012

Silêncio e Oração na Catequese


Neste domingo (20) a Igreja comemora o 46° Dia Mundial das Comunicações Sociais. Na Liturgia, a data é lembrada no Domingo em que celebramos a Ascensão do Senhor. Este ano, o Papa Bento XVI nos convida a refletir o seguinte tema “Silêncio e Palavra: caminho de evangelização”. Como catequistas, somos comunicadores da Boa Nova e iluminados pela reflexão do Santo Padre, faremos uma alusão sobre a Catequese e o assunto.

Bento XVI nos explica em sua mensagem que o Silêncio é parte fundamental em nossa comunicação. Com ele, somos capazes de escutar nosso interior e nos conhecer melhor. É diante dele que também damos a oportunidade para que o outro se expresse. Na Catequese estamos favorecendo aos nossos catequizandos momentos de silêncio? E nós, somos capazes de calar para ouvi-los?

Na sociedade da informação, somos bombardeados com múltiplas imagens, sons, gestos, expressões. É no silêncio que somos capazes de discernir os inúmeros processos e identificar a Verdade. O Papa nos lembra que devemos buscar espaços para o diálogo, para a conversa, mas é preciso favorecer o silêncio, a oração, a meditação e partilha da Palavra de Deus: “Não há que surpreender-se se, nas diversas tradições religiosas, a solidão e o silêncio constituem espaços privilegiados para ajudar as pessoas a encontrar-se a si mesmas e àquela Verdade que dá sentido a todas as coisas” diz.

Deus fala com o homem através do silêncio e o homem é capaz de fazer o mesmo. O nosso coração se abre ao espírito de contemplação silenciosa, nascendo assim, uma força orante e missionária. Tal contemplação nos mostra a pessoa de Jesus Cristo, mediador e plenitude de toda a Revelação. “O Silêncio e a Palavra são importantes agentes para a evangelização: ambos são elementos essenciais e integrantes da ação comunicativa da Igreja para um renovado anúncio de Jesus Cristo no mundo contemporâneo”, completa o Papa.

Bento XVI nos questiona como encontrar o silêncio diante da geração que vive 24 horas conectadas as redes sociais e a rede de computadores. Daí a necessidade de cultivar o silêncio na Catequese como base do processo de ensinamento da Fé. A falta dele pode gerar alienação e perda da identidade das pessoas.

Este tema repensa nossos métodos de Catequese, na busca de harmonizar  nossos encontros como uma orquestra, compara Dom Dimas Lara Barbosa – presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação: “com seus sons e pausa harmoniosamente combinados numa sinfonia vibrante que anuncia a beleza da vida, que anuncia o Homem ao homem”.

Marcos Filipe Sousa
Membro da Comissão Arquidiocesana para Animação Bíblico-Catequética

0 comentários:

Postar um comentário