Neste domingo (20) a Igreja comemora o
46° Dia Mundial das Comunicações Sociais. Na Liturgia, a data é lembrada no
Domingo em que celebramos a Ascensão do Senhor. Este ano, o Papa Bento XVI nos
convida a refletir o seguinte tema “Silêncio e Palavra: caminho de
evangelização”. Como catequistas, somos comunicadores da Boa Nova e iluminados
pela reflexão do Santo Padre, faremos uma alusão sobre a Catequese e o assunto.
Bento XVI nos explica em sua mensagem
que o Silêncio é parte fundamental em nossa comunicação. Com ele, somos capazes
de escutar nosso interior e nos conhecer melhor. É diante dele que também damos a
oportunidade para que o outro se expresse. Na Catequese estamos favorecendo aos
nossos catequizandos momentos de silêncio? E nós, somos capazes de calar
para ouvi-los?
Na sociedade da informação, somos
bombardeados com múltiplas imagens, sons, gestos, expressões. É no silêncio que
somos capazes de discernir os inúmeros processos e identificar a Verdade. O
Papa nos lembra que devemos buscar espaços para o diálogo, para a conversa, mas
é preciso favorecer o silêncio, a oração, a meditação e partilha da Palavra de
Deus: “Não há que surpreender-se se, nas diversas tradições religiosas, a
solidão e o silêncio constituem espaços privilegiados para ajudar as pessoas a
encontrar-se a si mesmas e àquela Verdade que dá sentido a todas as coisas”
diz.
Deus fala com o homem através do
silêncio e o homem é capaz de fazer o mesmo. O nosso coração se abre ao espírito
de contemplação silenciosa, nascendo assim, uma força orante e missionária. Tal
contemplação nos mostra a pessoa de Jesus Cristo, mediador e plenitude de toda
a Revelação. “O Silêncio e a Palavra são importantes agentes para a
evangelização: ambos são elementos essenciais e integrantes da ação
comunicativa da Igreja para um renovado anúncio de Jesus Cristo no mundo
contemporâneo”, completa o Papa.
Bento XVI nos questiona como encontrar o
silêncio diante da geração que vive 24 horas conectadas as redes sociais e a
rede de computadores. Daí a necessidade de cultivar o silêncio na Catequese
como base do processo de ensinamento da Fé. A falta dele pode gerar alienação e
perda da identidade das pessoas.
Este tema repensa nossos métodos
de Catequese, na busca de harmonizar nossos encontros como uma orquestra, compara Dom
Dimas Lara Barbosa – presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a
Comunicação: “com seus sons e pausa harmoniosamente combinados numa sinfonia vibrante
que anuncia a beleza da vida, que anuncia o Homem ao homem”.
Marcos Filipe Sousa
Membro da Comissão Arquidiocesana para Animação Bíblico-Catequética
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