quarta-feira, 25 de maio de 2011

Um lugar chamado... Catequizando

No começo de nossa caminhada catequética nos deparamos com inúmeros questionamentos. Somos pequenos aprendizes, caminhando nesse lindo projeto evangelizador que Deus confiou a cada um. São os planejamentos anuais, os métodos de encontro, celebrações, etc. Contudo, devemos estar cientes de que existe uma peça fundamental nesse contexto em que Jesus é o protagonista: o catequizando.

Somos catequistas de realidades diversas. De casas simples no campo a prédios luxuosos nas grandes cidades. Nossos grupos de catequese são formados por crianças, jovens e adultos que mesmo em contexto coletivo, estão isolados em seus mundos. Alguns questionamentos atravessam muitos catequistas: nossa maneira de evangelizar atinge a cada indivíduo? Como eles chegam ao encontro? E como saem depois?

Antes de se preocupar com a elaboração do encontro, o catequista deve lembrar sempre do grupo a quem vai se falar. Para muitos esta não é nenhuma novidade. Porém os catequistas já se perguntaram, por exemplo, se existe algum analfabeto no grupo. Caso exista, é preciso trabalhar de uma forma que não se utilize leituras longas e que nem o exponha a sua sensibilidade.

Tomando como base o exemplo acima, nos perguntamos por que o nosso catequizando está nessa situação. Serão as condições financeiras? Nunca teve incentivo de ir à escola?  Daí surge a importância de se preocupar com cada um. Aquele mais tímido será só personalidade? O bagunceiro não está tentando chamar sua atenção por algum motivo? Devemos como catequistas conhecer cada um dos nossos catequizandos, saber sua realidade, sua família, enfim, o mundo que o cerca.

Lembremos de Jesus e Zaquel. “Desça depressa, porque hoje preciso ficar em sua casa” (Lc 19,5). Cristo foi ao encontro, entrou na casa, foi conhecer. Mesmo diante da crítica dos outros: “Ele foi se hospedar na cada de um pecador!” (Lc 19,7).

Temos que seguir o Mestre. Fazer uma catequese que vá além dos muros das igrejas e que chega a cada pessoa. Conhecer seus sonhos, seus medos e com isso ajudá-la no caminho à salvação.

Por Marcos Filipe Sousa

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Material do Encontro sobre o DAC do Setor Lagoas (22/05/2011)

Segue abaixo o material sobre o Diretório Arquidiocesano de Catequese:

Setor Lagoa realiza formação sobre Diretório Arquidiocesano de Catequese

Neste domingo, 22, o setor Lagoa reuniu os seus catequistas para uma manhã de formação sobre o Diretório Arquidiocesano de Catequese (DAC). O encontro ocorreu no Colégio Nossa Senhora das Graças, no Prado.

As atividades foram divididas em duas partes: a primeira com as etapas e processo de elaboração do documento e outras fontes de inspiração, já a segunda contou com o estudo propriamente dito. Abordando os tópicos do DAC.

Ao todo participaram cerca de 70 catequistas e membros da Coordenação Arquidiocesana estava presente.


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Verbum Domini é tema de encontro da Animação Bíblica da Pastoral dos países do Cone Sul

Aconteceu nos dias 11, 12 e 13, em Montevideu, Uruguai, o encontro dos representantes da Animação Bíblica da Pastoral dos países do Cone Sul.

Como aconteceu nas demais regiões da América Latina e Caribe, também neste encontro teve como objetivo “articular as linhas de ação da Exortação Pontifícia sobre a Palavra de Deus com o caminhar da Animação Bíblica da pastoral a partir de Aparecida, para que a vida e a práxis pastoral da Igreja na América Latina, especialmente a missão permanente no Continente, alcancem seu verdadeiro fundamento na Palavra e estejam afinados com as valiosas contribuições do magistério pontifício”, destacou a assessora da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-catequética da CNBB, Maria Cecília Rover.

A exortação pós sinodal tem como finalidade resgatar a centralidade que corresponde à Palavra de Deus na atividade da Igreja; e falando em centralidade da Palavra “já estamos falando de animação Bíblica da Pastoral o que nos leva a afirmar que toda a exortação fala de animação Bíblica da Pastoral, de colocar a Palavra de Deus no centro de toda ação evangelizadora”, disse Cecília Rover.

Segundo o padre Fidel, secretário do Centro Bíblico Latino Americano (CEBIPAL) “a Exortação Apostólica ‘Verbum Domini’ pode ser definida como ‘um grande Te Deum a Palavra de Deus’ e seu autor como ‘o papa da Palavra de Deus’".


Algumas priopridades foram destacadas neste encontro, como promover a divulgação e o estudo, em todos os níveis, da Exortação “Verbum Domini” durante três anos; fazer da página do CEBIPAL na web um lugar de conhecimento das comissões nacionais da ABP e de intercâmbio de recursos e experiências; Promover uma leitura orante da Bíblia, de forma comunitária e transformadora, privilegiando a chave da Lectio Divina, que leve a  ação, seguindo a pedagogia do Ano Litúrgico, para que brilhe com clareza o  único mistério de Cristo na Mesa do Pão da  Palavra  e da  Eucaristia; motivar a aplicação dos subsídios de homilética que serão preparadas pelo o CEBIPAL para as Conferencias Episcopais, entre outras.

FONTE: CNBB

Reunião do CELAM: Bispos falam das necessidades e desafios da Igreja na América Latina

No segundo dia de trabalhos da 33ª Assembleia Ordinária do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM), que acontece no Uruguai, se deu a abertura oficial da sessão com a presença do prefeito da Congregação dos Bispos, cardeal Marc Ouellet e do recém-nomeado secretário do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, arcebispo Octavio Ruiz, o diretor de Protocolos e Cerimonial do Uruguai, Diego Zorrilla de San Martín, o núncio apostólico no Uruguai, dom Anselmo Guido Pecorari e do arcebispo de Montevideo, dom Nicolás Cotugno.

O diretor de Protocolos e Cerimonial do Uruguai, Diego Zorrilla deu as boas-vindas aos participantes da Assembleia, representado um “Estado laico, sumamente respeitoso com os direitos do sistema democrático, dos Direitos humanos, da liberdade religiosa, da liberdade de expressão e de onde lutamos para não temer nenhum tipo de discriminação racial”, destacou.
O núncio apostólico no Uruguai, dom Anselmo Pecorari também deu as boas-vindas a “este dinâmico país, do Rio da Prata, que no ano corrente comemora 200 anos do começo do processo de independência que culminaria na criação de uma nação livre”. O representante do papa recordou as raízes do cristianismo daquele país, tal como afirmou o beato João Paul II, em sua visita ao Uruguai em 1987 e 1988, “por um povo de coração que sabe acolher com muita cordialidade a todos que veem de fora, em especial, seus irmãos latino-americanos”.


Dom Pecorari destacou a separação da Igreja com o Estado, no começo do século XX, que findou com a “forte ressão laicista” que acabou com diversas manifestações. “Neste sentido, não é fácil para a Igreja desenvolver sua missão apostólica, de modo particular, no âmbito da educação”.
O cardeal Ouellet, no início da sessão, convidou os presentes a ter um "olhar sobre a fé uns dos outros" no entendimento de que cada um é o "mistério da Igreja, a presença de Cristo, o dom do Espírito Santo." "Estamos todos conscientes de que o impulso que temos recebido em Aparecida, nesta casa, receberá uma nova direção com base no que foi feito", disse.


A autoridade do Vaticano agradeceu a Conferência Episcopal do Uruguai e o arcebispo de Montevidéu, pela calorosa acolhida e oportunidade de presidir a missa campal domingo em ação de graças pela beatificação de João Paulo II, que considerou "um belo testemunho de fé, uma expressão da santidade da Igreja e seu testemunho ao mundo no dia do Senhor".


Dom Octavio Ruiz fez uma breve história do CELAM e a posterior criação da Comissão para a América Latina (CAL), destacando a estreita relação, que foi adquirida pelo cardeal Ouellet.

FONTE: CNBB

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Dom Jacinto Bergman é eleito para a Comissão Bíblico-Catequítica da CNBB

Nesta semana o Arcebispo de Pelotas (RS), dom Jacinto Bergman, foi eleito, num único escrutínio, presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética com 170 votos. 

As eleições para os cargos ocorreram de forma tranqüila e rápida. 

Um pouco sobre D. Jacinto Bergman
Dom Jacinto Bergmann, sexto filho de Antônio e Regina Bergmann, nasceu em Alto Feliz, Rio Grande do Sul, no dia 29 de outubro de 1951, e no dia seguinte, 30 de outubro, foi batizado na Paróquia Santo Inácio, da mesma localidade.

Após seus estudos primários em sua terra natal, de 1957 a 1963, ingressou no Seminário Menor São José, da Arquidiocese de Porto Alegre, em Gravataí, cursando nos anos de 1964 a 1970 os estudos secundários.
De 1971 a 1974 fez o curso superior de filosofia no Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição, em Viamão. A licenciatura em teologia foi adquirida de 1973 a 1976, no Instituto de Teologia e Ciências Religiosas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.

Foi ordenado sacerdote no dia 30 de outubro de 1976, na capela Bom Jesus do Carmelo de São Leopoldo.
Iniciou seu exercício sacerdotal como vigário paroquial na Paróquia São Pedro, em Porto Alegre, de 1977 a 1981. Fez mestrado em Ciências Bíblicas, no Pontifício Instituto Bíblico, em Roma; e na Escola Superior de Teologia Sankt Georgen, em Frankfurt, nos anos de 1981 a 1986.

De volta ao Brasil, de 1986 a 1993, foi professor de Exegese do Antigo Testamento, no Instituto de Teologia e Ciências Religiosas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre; no Centro de Estudos Teológicos João Vianney, no Seminário Maior de Viamão; no Instituto de Teologia Paulo VI em Pelotas; no Instituto Missioneiro em Santo Ângelo; na Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana em Porto Alegre; no Instituto de Teologia em Cascavel e no Centro Universitário La Salle em Canoas, intercalando a função de assessor da Pastoral da Juventude na Arquidiocese de Porto Alegre e diretor do Centro de Estudos Teológicos João Vianney, em Viamão.

Em 1994, fez uma atualização em Ciências Bíblicas na Faculdade de Teologia, em Trier, Alemanha.
De 1995 a 2000 continuou o magistério em Exegese, ao mesmo tempo que assumiu trabalhos de coordenação pastoral na Arquidiocese de Porto Alegre, tornando-se de 1997 a 2000 o Coordenador de Pastoral da mesma.


Assumiu em 2001 o cargo de Subsecretário de Pastoral na CNBB, em Brasília. No dia 8 de maio de 2002, o Papa João Paulo II o nomeou bispo titular de Ausuccura e auxiliar na Diocese de Pelotas.
Foi ordenado bispo na Catedral São Francisco de Paula, em Pelotas, por Dom Jayme Henrique Chemello, no dia 14 de julho de 2002.

No dia 15 de junho de 2004, o Papa João Paulo II, nomeia, Dom Jacinto como bispo da Diocese de Tubarão, em Santa Catarina.
Durante seu episcopado em Tubarão, foi beatificada a Serva de Deus Albertina Berkenbrock, no dia 20 de outubro de 2007.

De 2002 a 2004 foi o bispo responsável pelas Comunicações Sociais do regional Sul-3 da CNBB. Desde 2004 foi o coordenador da Comissão Episcopal Bíblico-Catequética e Missionária do regional Sul-4 da CNBB. Em âmbito nacional, de 2007 até 2011 foi membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB.

Dom Jacinto Bergmann, foi nomeado pelo Papa Bento XVI, para bispo da Diocese de Pelotas no dia 1 de julho de 2009, sucedendo a Dom Jayme Henrique Chemello, ex-presidente da CNBB; toma posse da diocese no dia 27 de setembro de 2009, dia que a Igreja Católica no Brasil celebra como o Dia da Bíblia.
No dia 13 de abril de 2011 o Papa Bento XVI o elevou a dignidade de arcebispo, data da criação da Província Eclesiástica de Pelotas

terça-feira, 10 de maio de 2011

Aprovadas as novas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil

A CNBB aprovou, ontem, as novas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) para o quadriênio 2011-2015. O Documento obteve 271 votos dos 274 votantes. Houve um voto contrário e dois em branco.
“Evangelizar, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária e profética, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida (Jo 10,10), rumo ao Reino definitivo”.

Este é o objetivo geral que abre as novas Diretrizes cujo texto é dividido em cinco partes, além de uma introdução e uma conclusão. O Documento tem cerca de 50 páginas e 130 parágrafos.


Veja, abaixo, o esquema geral das novas Diretrizes

OBJETIVO GERAL
INTRODUÇÃO
I - PARTIR DE JESUS CRISTO
II - MARCAS DE NOSSO TEMPO
III - URGÊNCIAS NA AÇÃO EVANGELIZADORA
3.1. Igreja em estado permanente de missão
3.2. Igreja: casa da iniciação à vida cristã
3.3. Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral
3.4. Igreja: comunidade de comunidades
3.5. Igreja a serviço da vida plena para todos
IV - PERSPECTIVAS DE AÇÃO
4.1. Igreja em permanente estado de missão
4.2. Igreja: casa da iniciação à vida cristã
4.3. Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral
4.4. Igreja: comunidade de comunidades
4.5. Igreja a serviço da vida plena para todos
V - INDICAÇÕES DE OPERACIONALIZAÇÃO
5.1. O plano como fruto de um processo de planejamento
5.2. Passos metodológicos
CONCLUSÃO: COMPROMISSO DE UNIDADE NA MISSÃO
SIGLAS

FONTE: CNBB

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Filme traz a reflexão do "Ser Catequista"

O oleiro - El alfarero

Este filme transporta um conjunto de mensagens muito ricas sobre o ser do catequista.

Em primeiro lugar, destaco a figura do oleiro: parece um monstro, mas com um coração e uma pedagogia de ouro. Faz-me lembrar do filme, a bela e o monstro. O monstro também é capaz de amar, e melhor do que ninguém.


Depois reparo na atitude do aprendiz. Quer aprender, mas o oleiro não ensina tudo. A melhor forma de o fazer é incentivando a trabalhar, a esforçar-se, a não desistir à primeira.

Quando consegue a primeira peça perfeita, não se sente ainda realizado. Quer mais… quer imitar o mestre. Este parece fazer tudo facilmente. Qual o segredo? Está no coração, no amor, em amar o barro, numa força espiritual que brota de dentro e não nas nossas capacidades.



Ah. Descobriu. Mas… o barro ganha vida… e foge… e agora?
É preciso respeitar o barro, a sua essência, a sua identidade. Para isso é preciso criar empatia, saber acolher. Para isso coloca as mãos em posição de acolhimento, como que a convidar. Pelo gesto, e pelo olhar, o barro sente-se respeitado e acolhido.

E vem. E já não é o oleiro a ditar o que quer fazer.

Orienta, acompanha, mas deixa-se conduzir pela dinâmica pessoal do barro.

Porque aquele barro tem dentro de si uma vida própria, e bela, que se revelará no final: a beleza da peça, com uma identidade única, e com um coração próprio.

O catequista é alguém que tem de aprender de Deus.
Alguém que precisa ser, saber e saber fazer. Isso constrói-se, treinando, estudando, fazendo. Sem desistir. Mas só consegue realmente alguma coisa, quando se sente insatisfeito, e não se instala na rotina, considerando as suas capacidades e vontades.

A verdadeira pedagogia vem do coração. Do amor ao outro. Amor que se traduz em empatia, respeito, escuta, diálogo, conhecimento. Com estas atitudes, consegue que a criança se sinta acolhida e respeitada na sua especificidade. Não as trata todas por iguais. Mas escuta, deixando-as descobrir o tesouro que transportam dentro delas. O catequista orienta. Porque ninguém educa ninguém.
Nós é que nos educamos a nós próprios, descobrindo a semente de que somos portadores, e fazendo-a descobrir. Os outros, são apenas modelos, pontos de referência, que ajudam a reflectir e apresentam ideais. Se forem interiorizados, temos educação. Se forem impostos, temos domesticação, que mais cedo ou mais tarde, irá fazer saltar os efeitos com comportamentos desviantes ou traumatizantes."


Padre José Carlos de Azevedo e Sá
Pároco das paróquias: Sequeirô e Lama, Santo Tirso, Diocese de Braga.
Mestre em Multimédia em Educação, na Universidade de Aveiro, sobre o tema “A Web 2.0 na educação para os valores: problema ou desafio?”.


 

Cardeal Raymundo Damasceno é o novo presidente da CNBB

O arcebispo de Aparecida (SP), cardeal Raymundo Damasceno Assis foi eleito o novo presidente da CNBB. Com 196 votos, dom Damasceno foi eleito no segundo escrutínio. O cardeal de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer ficou em segundo lugar, com 75 votos.
No primeiro escrutínio, dom Damasceno havia obtido 161 votos contra 91 de dom Odilo. Por não ter alcançado 2/3 dos votos (182), houve a necessidade do segundo escrutínio. Dom Damasceno foi secretário da CNBB por dois mandatos consecutivos (1995-1998; 1999-2003).

Na primeira votação, também receberam votos o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta (14); o arcebispo de São Luís (MA), dom José Belisário da Silva; o arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom walmor Oliveira de Azevedo; o bispo de Jundiaí (SP), dom Vicente Costa; o bispo da prelazia de São Felix (MT), dom Leonardo Steiner e o bispo de Cruz Alta (RS), dom Friederich Heimler, com um voto cada.

No segundo escrutínio, receberam votos o arcebispo do Rio, dom Orani João Tempesta (4) e o bispo de Santo André, dom Nelson Westrupp (1).

Amanhã as eleições continuam para vice-presidente e secretário. Eleitos os membros da Presidência, a Assembleia escolherá os 12 presidentes das Comissões Pastorais e o delegado da CNBB junto ao Conselho Episcopal da América Latina e Caribe (Celam)

sexta-feira, 6 de maio de 2011

49ª AG: Para dom Joaquim Mol aprovação das novas Diretrizes trará “mudanças significativas”

A segunda coletiva de imprensa da 49ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que acontece em Aparecida (SP), contou com a presença do bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG), dom Joaquim Giovani Mol Guimarães; do arcebispo de Maringá (PR), dom Anuar Battisti; e do bispo de Nova Friburgo (RJ), dom Edney Gouvêa Mattoso.

Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães falou um pouco mais sobre o tema central da Assembleia, às Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Dom Giovani Mol afirmou que está em curso uma mudança “significativa” na forma de elaboração destas Diretrizes Gerais. “Primeiro devo destacar e lembrar que a missão primordial da Igreja é Evangelizar. Tudo mais é consequência dessa missão. E a Igreja, ao assumir a sua missão ela adquiriu no Brasil uma grande experiência de planejamento dessa Ação Evangelizadora. Então a proposta da Comissão Episcopal do Tema Central é assumir as Diretrizes verdadeiramente como Diretrizes. As Diretrizes são as grandes linhas, o apontar o caminho da Igreja de modo que na diversidade da própria realidade, cada Igreja particular, a partir dessas Diretrizes, elaborar o seus planos de Ação Pastoral Evangelizadora. Eu considero isso um avanço, um passo adiante na história de planejamento da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.

Dom Joaquim Mol citou os cinco pontos pastorais que estão sendo debatidos pelos bispos nesta Assembleia. “O primeiro é Igreja em Estado Permanente  de Missão, há um desejo enorme de dialogar todas as pessoas, para que Jesus seja conhecido, amado e tenha adesão de todas as pessoas; Igreja – casa de iniciação cristã, a vida cristã é casa de iniciação à vida cristã; Igreja fonte de animação bíblica, nesta nota se destaca o Verbo Domini, que são as conclusões do Sínodo sobre a Palavra de Deus; Igreja Comunidade de Comunidades, os pequenos grupos facilitam a vivencia da fé; Igreja a serviço da vida plena no mundo, desde a fecundação até o término natural da vida, porque o fundador da Igreja deu a sua própria vida para que todos tenham vida, e vida em abundância”, disse dom Mol, que é também é reitor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas).


Dom Mol destacou que se aprovada as novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, ela entra imediatamente em vigor para todas as Igrejas particulares do Brasil. “Tem um tempo de publicação, e no segundo semestre as dioceses fazem assembleias, revisão das Ações Evangelizadoras, fazem os planejamentos do ano, então, se aprovadas as Diretrizes, imediatamente serão implantadas”.

Segundo dom Mol, as universidades são colaboradoras da Igreja na missão de ajudar o mundo a ser melhor. Perguntado se as novas Diretrizes, se aprovadas, atingem diretamente a sociedade, dom Mol afirmou que a Igreja se coloca em defesa da vida. “Desde a fecundação até o seu término natural, porque aí está também à defesa da vida dos pobres, à defesa da vida dos indígenas, da cultura, dos negros, dos grupos excluídos, dos moradores de rua, então, permanentemente as Diretrizes devem estar em diálogo com a sociedade”, destacou.

Fonte: CNBB

quinta-feira, 5 de maio de 2011

49ª AG: Para teólogo momento atual pede coragem de “ousar iniciativas novas”

FONTE: CNBB

A última sessão do primeiro dia da 49ª Assembleia da CNBB foi dedicada à análise eclesial, feita pelo teólogo padre Mário de França Miranda.

Num texto de oito páginas, o teólogo discorreu sobre seis pontos: nova evangelização, a pessoa de Jesus Cristo, a missão da Igreja, iniciação à vida cristã, Igreja local e comunidades menores e Igreja e realidade sociopolítica.

Segundo padre França o momento crítico vivido na história da humanidade e da Igreja com repercussões em todo o país pede “coragem de encarar a realidade, de discernir o que convém à fé cristã, de ousar iniciativas novas”.
“Vivemos a passagem de uma Igreja de cristandade para uma Igreja de diáspora que nos aproxima de certo modo do cristianismo primitivo”, acentuou o teólogo.

Sobre a relação da Igreja com a realidade política, padre França lembra que “os pobres são importante para manter a Igreja fiel ao espírito do Evangelho”. Em sua opinião “o cristão não pode ceder de modo simplório ao maniqueísmo político, nem cair na tentação do evangelismo político que identifica a fé cristã com alguma opção política concreta”.